(300 palavras) Fedor Mikhailovich Dostoiévski (1821-1881) não foi apenas o maior escritor, mas também um homem que possuía orgulho exorbitante. O escritor sempre defendeu suas convicções, não tolerou a opressão da liberdade e vontade. Provavelmente, o autor dedicou toda a sua vida à busca da verdade eterna, que deixaria a alma humana imperecível, proporcionando-lhe independência espiritual. Dostoiévski considerou essa verdade eterna o próprio Deus, portanto, em muitos de seus escritos, Fyodor Mikhailovich colocou a idéia de que a renúncia à fé levaria a humanidade à morte inevitável.
Essa crença também se refletiu no romance Crime e Castigo, que fala de um dos sete pecados capitais - o orgulho. É o orgulho que tudo consome que destrói o personagem principal do romance - Rodion Romanovich Raskolnikov. O sentimento de completa superioridade de sua personalidade sobre os outros alienou Rodion da fé em Deus. O orgulho, que cresceu em orgulho, o privou da humanidade, tornou-se uma fonte de tormento. É difícil entender a personalidade do herói e os motivos de suas ações. Sim, ele é pobre. Ele não tem meios para pagar pelo quarto. Talvez ele esteja deprimido pela posição de sua mãe e irmã. Não, esses problemas não despertaram arrogância nele. O próprio curso da vida o humilha, e a auto-estima ferida procura seu lugar: "Ela é uma criatura trêmula ou tem o direito". Mas um homem que se orgulha de ser uma "criatura" não chama. Essa característica será adornada precisamente por alguém que não tem auto-afirmação, para quem o desejo por ela se torna uma obsessão. Portanto, Raskolnikov gosta da teoria do "super-homem". Ao mesmo tempo, seu orgulho cresceu e seus pensamentos se transformaram em ações. Ele decide matar a velha mulher por cento. Afinal, ele é um "super-homem", cabe a ele decidir quem é digno da vida. Alena Ivanovna, na sua opinião, é uma "criatura trêmula", que por sua existência oprime outras pessoas. Sua morte trará "benefício" para a sociedade. Rodion morto. Mas o que lhe trouxe esse assassinato? Orgulho Satisfatório? Não. Ele não se tornou Napoleão. O fracasso da idéia não levou o herói ao arrependimento. Ele só percebeu que a teoria não era verdadeira.
Como ele não pode se arrepender, ele deve se humilhar e admitir que não há "super-homem", existe Deus. Esta é a maneira de se livrar do orgulho.