A fábrica se destaca de todos os poemas de Alexander Blok. Não parece a letra sublime favorita do poeta. O poema é mais como um curta-metragem sobre o trabalho árduo das camadas oprimidas da sociedade.
História da criação
O poema foi escrito em 1903, durante os primeiros trabalhos de Alexander Alexandrovich Blok. Pensamentos de revolução já estavam no ar. O autor, como muitos representantes da intelligentsia, sonhava com mudanças iminentes.
E dois anos antes da Revolução de Outubro, ele escreveu o poema Factory, que incluiu no ciclo Crossroads. O trabalho tornou-se uma espécie de grito para a alma jovem do poeta. Para eles, Blok queria abrir os olhos do público para a situação da classe trabalhadora comum.
Gênero, direção e tamanho
A "fábrica" do gênero está próxima da elegia. O autor expressa sua insatisfação com o grave problema social, é esse fato que nos permite chamar o poema de elegíaco. O iâmbico de quatro patas permite criar o ritmo necessário. Rima cruzada.
Sem dúvida, a direção do poema é simbolismo. Melancolia, um choque simbólico do “mundo terrível” e da alma humana, imagens-símbolos - todos esses são componentes desse movimento literário.
Imagens e Símbolos
Os principais símbolos do poema são as cores, a saber: uma combinação de cores amarela, preta e cobre (“as janelas são amarelas” e “alguém negro”, “voz de cobre”). O amarelo, como símbolo de engano, indica que as pessoas pobres e ingênuas se inclinam com o riso dos opressores "negros". Além disso, o preto é a cor da tristeza. Os enlutados são enganados aqui. Também vale a pena notar que o amarelo no bloco também é um símbolo do enriquecimento dos capitalistas, sua vulgaridade. A cor do cobre no contexto do poema significa medo, porque "a voz do cobre oprime as costas atormentadas".
O herói lírico está acima da situação e é o contador de histórias. Ele divide sua história em duas partes: uma descrição do mundo dos trabalhadores oprimidos e do mundo dos capitalistas atrás das janelas "amarelas".
Temas e humor
O tema principal da "Fábrica" é a estratificação social dos capitalistas e da classe trabalhadora. A descrição da vida de trabalhadores comuns leva a um tema familiar: a vida de um povo simples é cheia de miséria e pobreza nua, mas os ricos vivem ociosos e satisfatórios, seu luxo é inútil e deliberadamente sem tato ao lado daqueles que dão os melhores anos de vida por um pedaço de pão. Vemos também no trabalho o problema da desigualdade social, a divisão do mundo em pobres e ricos, senhores e escravos. Mais cedo ou mais tarde, nessa realidade, inevitavelmente ocorrerá um conflito decisivo, um drama sangrento agudo, cujo nervo já é sentido hoje.
O poema tem um estilo severo. Pinturas sombrias, cores e um ritmo de marcha criam um clima pessimista. A impressão de isolamento e perda assombra o leitor até a última palavra.
Ideia principal
A injustiça afeta o coração de quem quer erradicá-la. Alexander Aleksandrovich Blok era exatamente aquela pessoa que estava preocupada com qualquer problema social: “Uma coisa só torna uma pessoa uma pessoa: conhecimento sobre desigualdade social”. Nesse apelo apaixonado para abrir as pálpebras para o conhecimento da vida genuína, o significado do poema pode ser visto.
A fábrica, segundo o autor, produz não apenas tijolos e outros materiais, mas também imprime injustiça, engano, dor e opressão. No entanto, vale a pena notar que o herói lírico se destaca de tudo: "Eu ouço tudo do meu topo". Ele não pode "se aproximar do portão" e parar esse mecanismo infernal de falsidade. Esta é a idéia principal: a conscientização do problema por uma pessoa não o erradicará. Todo mundo deveria entender isso, mesmo "alguém é preto, rindo nas janelas amarelas".
Meios de expressão artística
O poema não está repleto de meios de expressão artística. Ainda assim, Alexander Alexandrovich, graças a vários epítetos (raios pensativos, uma voz de cobre, costas cansadas), descreve em detalhes o trabalho excessivo do povo.
Você também pode considerar uma metáfora (alguém negro). É graças a essa comparação oculta que o leitor representa o verdadeiro opressor das massas trabalhadoras.